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O impostor que vive em mim


Como começar? Como posso explicar para vocês o que me foi revelado lendo este livro? Bom, vamos começar com uma frase de E. E. Cummings que diz “Não ser ninguém além de si mesmo em um mundo que dia e noite dá o seu melhor para transformá-lo em outra pessoa, significa lutar a mais dura das batalhas que um ser Humano pode enfrentar, e que nunca deixa de lutar”.


"O manhoso, doentio e sinistro imitador do meu “eu” verdadeiro se aproxima sorrateiramente, mesmo durante o sono. Seu último estratagema é investir em meus “momentos mais antigos”, bloqueando-me a memória quanto ao fato de ter ou não engolido de uma só vez, hoje de manhã, minhas pílulas de antidepressivo e de vitaminas.

Sagaz e astuciosa, essa pose afetada de meus desejos egocêntricos explora minha amnésia temporária para me fazer esquecer que tudo o que sou é graça, que sozinho não consigo recebe-la mesmo que a receba como dádiva, ou seja, a graça de prender-se à graça, é graça. Em vez de espantar-me com a extravagância do Amor de Deus, em lugar de agradecer genuinamente pela pura e imerecida abundância de suas dádivas, um senso desavergonhado de satisfação por minhas conquistas e de certeza de minha superioridade espiritual invadem-me o coração. O impostor desconcerta, dissimula e seduz. Ele me convence a abandonar meu “eu” verdadeiro, como filho amado de Aba, e, como observa Cummings, a tornar-me “outra pessoa”.

Minha maior dificuldade nos últimos anos tem sido trazer o impostor à presença de Jesus. Ainda estou inclinado a chicotear o falso eu, surra-lo sem misericórdia por ser autocentrado, ficar abatido, desencorajado, e deliberar que minha pretensa vida espiritual seja simplesmente autoengano e fantasia"
- Brennan Menning


Ao ler este livro, pude perceber o quão dominado pelo o meu impostor eu estava, e o que era pior, eu permitia que ele me dominasse. Então você pode parar e se questionar: Por que ele se permitia ser dominado pelo seu impostor? Bom, a resposta é simples, “Comodismo”, sim, exatamente isso, era mais fácil para mim viver no pecado alegando a inexistência de Deus, do que reconhecer que graças à Ele, ainda respiro. O meu impostor ainda tenta assumir controle sobre mim, sempre que baixo à guarda ou quando estou andando na rua e uma linda garota passa por mim, e ele mesmo respirando por aparelhos na UTI tenta me dizer que ela “É gostosa e que eu devo olhar ela dos pés à cabeça” afim de deixar claro minhas más intenções. Ou também quando tenho livre acesso à internet, ele vem de mansinho como quem não quer nada e me diz: “lembra daquele site que vimos a um tempo atrás? Que tal vermos ele de novamente? ”. Ele tenta de todas as formas me afastar de Deus e de Seu Filho pelo simples fato de ele (o meu impostor) não conseguir chegar à Eles, e por quê ele não consegue?! Porque tudo no impostor é falso, é tudo invenção, estratagemas criados por ele próprio afim de se manter na “sociedade”, o meu impostor é leviano, medroso, covarde e acima de tudo; mentiroso.

E ele tenta diariamente me dizer que o meu caminho é equivocado, que minha crença é vã, que sou fraco e que não irei conseguir lutar contra ele, “Porque ele me conhece melhor do que ninguém”, mas ele está redondamente enganado quanto a isto.

 Ele não me conhece de verdade, ele conhece apenas o meu pecado, o meu lado caído e tenta diariamente me tornar refém dele, afim de me manipular me fazendo agir como ele planeja, maquiando o meu Eu verdadeiro, tentando me esconder de Deus.

 Mas Cristo Vive, e porque Ele vive, eu pude crer no amanhã, Ele me deu o fôlego da vida, Ele limpou minhas vestis, sarou minhas feridas, trocou minhas sandálias e me disse que se eu pegasse o meu pecado e o entregasse e tomasse a minha cruz, eu viveria, e se eu morresse por amor a Ele, então, eu estaria livre do meu pecado, da minha dor e a salvo em seu Amor.

 O meu impostor sabe disso, ele conhece a palavra, mas ele é o meu pecado, e eu devo traze-lo junto a mim para a Cruz, e você deve levar o seu impostor junto contigo para a Cruz, para que então sejas liberto.  Que possamos ser como Davi, que era falho, mas maior que seu pecado era o seu amor por Deus, e ele não se escondia de Deus quando errava, como fazemos sempre que pecamos. Ele fazia justamente o contrário, ele corria para Deus, pois ele sabia que somente Deus o poderia salvar de si mesmo.

Então, que venhamos a ter o arrependimento de Davi diante de Deus, quando falharmos com Ele e sua sinceridade para com Deus, e que o buscando incessantemente o achemos e que isso nos traga a sua glória e o Caráter de Cristo.
Amém.

- Luan Oliveira.


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